domingo, 5 de julho de 2009

Diversos tipos de estereótipos culturais e sociais

Introdução:

Este trabalho foi solicitado no âmbito da área de competência chave de Cidadania e Profissionalidade, do núcleo gerador Reflexividade e Pensamento Crítico cujo tema aborda os diversos tipos de estereótipos presentes na sociedade (culturais e sociais).

Com este trabalho pretendemos clarificar e reter conceitos da nossa sociedade de hoje, que estão associados aos diferentes papéis sociais do homem e da mulher na sociedade. É a partir dos diferentes papéis sociais que ambos ocupam que “aparecem” termos como: “estereótipos”, “preconceitos”, entre outros termos associados a características grupais, adjacentes a cada grupo social e aos diferentes papeis que desenvolvem nas suas relações interpessoais.

Estes tipos de relações são estudados no ramo da Psicologia, com mais especificidade no âmbito da psicologia social.

Algumas noções que acho importantes reter para a compreensão deste tema

Conceito de estereótipo:

É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência directa. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa, tal como, idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada, religião. Quando a nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira selectiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.

Conceito de preconceito:

Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual. De um modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada estereótipo.

Influência dos estereótipos na sociedade

Ao analisar alguns exemplos de estereótipos e a sua influência na sociedade pode verificar-se que muita coisa mudou, principalmente, em relação aos papéis do homem e da mulher na nossa sociedade. Este tipo de atitudes e comportamentos que lhes são atribuídos a priori ainda subsistem nos dias de hoje, sendo alguns deles mitos que estão enraizados na nossa sociedade.


Fig. 1 – Imagem representativa da sociedade



Geralmente, relacionados com crenças, com generalizações de comportamentos. Denota-se na maioria dos homens, ainda algumas reservas em relação ao papel ascendente que hoje as mulheres vão tomando. Estes revelam ter uma mentalidade muito antiquada (machista), muitos ainda acham que certos papeis só são para as mulheres; tais como tarefas domésticas. Cargos de chefia entre outros cargos de maior relevância e responsabilidade eles seriam incapazes de aceitar pois na sociedade antiga criou-se o mito de:”a mulher é o sexo fraco” – ideia que vai sendo desmistificada com a crescente emancipação da mulher.

A mulher de hoje consegue assumir vários papéis; articulam várias tarefas desde cuidar da sua família, da casa, assumir um posto de trabalho enquanto que um homem há algum tempo, chegava do trabalho e sentava-se no sofá, confortavelmente, à espera que a esposa lhe servisse o jantar. Devido à exigência dos seus cargos e horários por vezes incompatíveis, o homem teve de aprender a dividir-se nele próprio e, por vezes, desempenhar o “papel de mulher”.

Homem e mulher – Beleza vs Felicidade

Destes seres, tão diferentes mas no fundo tão semelhantes faremos uma análise dos padrões “beleza e felicidade” na visão de cada um deles. A beleza e a felicidade pode ser muito subjectiva, ou seja, uma pessoa pode ser bela, mas não será o suficiente para se sentir feliz, porque há sempre algo que lhe falta, como por exemplo: dinheiro, um bom carro, roupas de marca e a frequência de salões de beleza, porque a maior parte das pessoas na sociedade actual vivem muito para a aparência, por vezes, sem terem meios para tal, o que as torna infelizes.

Fig. 2 - Imagem de uma mulher insatisfeita com a sua imagem

A beleza em relação ao homem é totalmente diferente, a sua preocupação é mais dada ao sexo, ter muitas namoradas é positivo para estes ou seja sucesso junto ao sexo oposto, mostrar a sua masculinidade. O que a figura 3 mostra seria, talvez, o padrão ideal de beleza para um homem.


Fig 3 -Imagem de uma manequim

Repercussões destes fenómenos na sociedade

Os meios de comunicação social são os maiores agentes de difusão e perpetuação destes estereótipos sociais. Cronologicamente, as revistas femininas foram as primeiras a aparecer pois a mulher era um ser da casa e apenas se dedicava às tarefas do lar tendo mais tempo para as ler. Os seus conteúdos, já baseados numa mulher independente e capaz, fomentaram a emancipação desta na sociedade. Só mais tarde surgiram as revistas masculinas, geralmente com mais imagens do que propriamente texto. Preferencialmente fotografias de mulheres, desde as mais vulgares até às top models da época.

Estes agentes difusores de informação vão influenciar todo o público que as lê e que, acaba por aceitar e seguir alguns dos comportamentos e conselhos que são dados gratuitamente, por quem escreve para estas que, de certas forma, pode restringir e manipular comportamentos. Estas revistas focam-se muito nos temas ligados à beleza, esquecendo muitas vezes a associação beleza-saúde. Aos leitores é-lhes vendida a imagem de “corpos perfeitos”, “pele sem imperfeições”, “cabelo cuidado”.

Fig. 4 - Imagem personificada de uma revista e seu conteúdo

No caso particular dos manequins, as exigências são muitas, por vezes, acabam com problemas graves quer de saúde, quer psicológicos e, no fim das contas, infelizes. Estes têm tendência para um extremo cuidado com o corpo, o que muitas vezes não está em conformidade com a sua mente.

Fig. 5 – Imagem de uma manequim exageradamente magra

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